terça-feira, 31 de agosto de 2010

ATIVIDADE II - ATELIÊ POÉTICAS CONTEMPORÂNEAS

Baseado na obra de Richard Hamilton (1922) procurei desenvolver meu trabalho de acordo com os preceitos citados na Carta da Cidades Educadoras, onde cita que a cidade deverá favorecer a liberdade de expressão, a diversidade cultural e o diálogo em condições de igualdade. Deverá acolher tanto as iniciativas inovadoras como as da cultura popular, independente da sua origem cultural, devido a critérios exclusivamente mercantis.
Desde muito cedo o entusiasmo de Hamilton por uma relação relaxada com a arte, em oposição à longa e séria tradição cultural da Europa. Ao contrário de seus contemporâneos do Velho Continente, o artista britânico sempre se bateu pelo envolvimento do público no evento artístico. Assim, suas obras apresentam vários pontos de conexão com o cotidiano, remetendo-se à multiplicidade de impressões audiovisuais, tão típica da cultura atual. Assim, Hamilton – sem dúvida uma figura-chave da arte moderna – fez jus ao título de "pai da pop-art", sem jamais se haver identificado pessoalmente com este estilo. Comparada com as do movimento artístico norte-americano dos anos 60, sua obra é mais sutil e multifacetada. Como na pop-art clássica, Hamilton toma emprestadas imagens do dia-a-dia, para através delas refletir fenômenos sociais. Além – e apesar – disso, ele não perde de vista a questão: onde está a fronteira que separa produto e obra de arte?
O artista definiu as imagens vinculadas nos meios de comunicação de massa, base de inspiração da arte pop, como "populares, transitórias, consumíveis, produzidas em massa. Neste contexto cabe ressaltar que as cidades educadoras, com suas instituições educativas formais, suas intervenções não formais e informais, devem colaborar bilateral ou multilateralmente, tornando realidade a troca de experiências.
A técnica utilizada na produção da imagem é a colagem, com transposição de imagens retiradas da internet. Ao criar a frase: Você tem o livre arbítrio, agora a escolha é sua foi provocar reflexões no observador sobre questões contemporâneas que afligem a nossa sociedade, pois muito se investe em propagandas de alimentos saudáveis, mas em contrapartida estão as guloseimas tão atraentes aos nossos olhos, dificultando a alimentação saudável. Neste contexto ainda é agravado pela busca incessante pela beleza estética provocando danos irreparáveis à saúde. Esta é a dura realidade dos habitantes das cidades, num frenético e acelerado ritmo de vida e inúmeras informações e ofertas de produtos de consumo que determinam nosso modo de vida, de ser e ter. E quais interferências e transformações esta poluição imagética provoca nas cidades e em seus habitantes.

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