segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ATIVIDADE 1 - ATELIÊS POÉTICAS CONTEMPORÂNEAS / DIÁLOGOS INTERMIDIÁTICOS

a. Título do vídeo: Salve! Salve! Eu sou o Cerrado
b. Descrição do vídeo:
Refere-se a destruição do Cerrado numa linguagem em primeira pessoa. Num momento demonstra o cerrado sendo destruído pela queimada e em outro mostra a beleza da natureza, como se esta estivesse pedindo socorro num desabafo do quanto já fora destruída.
c. Texto escolhido:

O cerrado é milagre
(e também é pedaço do Planeta
que desaparece)
abraço meu irmão pequizeiro.
Ando de mãos dadas
Com minha irmã sucupira.
Meu pai jatobá sorri.
Mãe peroba não diz nada,
Apenas sente.
Minhas amigas abelhas
são filhas das flores.
Agora prepare seu coração:
Correntão vai passar e levar tudo:
Ninho de passarinho rasteiro também.
Depois do correntão
Brotou o que tinha que brotar,
Mas já era tarde.
Faca fina cortou raiz pela raiz.
Aí não brotou mais nada.
Aliás, brotou coisa melhor:
Soja, verdinha, verdinha
Que beleza, diziam.
Olhe bem os cerrados
da próxima vez.
Rastejar por entre cupins
E capins
E sentir o cheiro do anoitecer.
Antes de terminar pergunto:
Quem vai pagar a conta
De tanta destruição?
“tudo bem, daqui a 100 anos


estaremos todos mortos”
disse alguém.
Certo, estaremos todos mortos.
Mas nossos netos não.
O cerrado é milagre,
Minha gente.
Como se fosse um prefácio
Nikolaus Von Behr

d. Justificativa pela escolha do texto:
O poema trata-se do testemunho da natureza abordado no vídeo, um em consonância com o outro, numa sintonia dialógica, onde as palavras chaves são natureza, destruição, preservação, harmonia, vida e morte.

e. Referência bibliográfica:
Berhr, Von, Nikolaus Como se fosse um prefácio. Coisas do Cerrado

REFLEXÕES SOBRE PORQUE O PRAGMATISMO? IMAGINANDO NOVAS FORMAS DE ENSINO DA ARTE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – UFG/UAB
FACULDADE DE ARTES VISUAIS
CURSO LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS
Disciplina: Psicologia da arte
Tutora: Laura Boletti
Acadêmicos: Inês Abadia Stival Machado
Vilma Aparecida da Silva

Segundo Fayga ao retirar da arte o caráter de trabalho esta é reduzida a algo supérfluo, permitindo-nos indagar se a sobrevalorização é um mito ou uma ideologia sustentadas por motivações culturais, políticas e econômicas.
A arte passou a ser considerada e valorizada a partir do momento em se caracterizou como trabalho adquirindo novo valor cultural.
Para Hannah Arendt a arte é a materialização efêmera da ação humana ,transformando-a em algo tangível, que pode ser lembrado e comentado no seu próprio tempo e pelas futuras gerações, isto é, pode ser que a valorização da arte não aconteça no mesmo tempo e espaço em foi criada, podendo acontecer muito depois.
A criatividade define o conceito de trabalho não só artístico como também, científico, tecnológico e artesanal, estando intimamente ligada a esses fatores.
Destaca-se a diferença entre labor, trabalho e ação, o primeiro define-se pela manutenção das necessidades básicas sem durabilidade (atividades cotidianas repetitivas), o segundo construção de bens duráveis significativos para humanidade e o terceiro construção social e relação entre os sujeitos.

A CARTA

COMO ME VEJO NA CIDADE E COMO VEJO A CIDADE EM MIM


          Me vejo na cidade como um pequeno parafuso numa grande máquina, onde apesar das belas praças e áreas verdes, há uma correria frenética num emaranhado de pessoas com estilos de vida diferentes, cada um com sua história. Me vejo nesse espaço como um ponto em meio a uma imensidãode pontos distintos.
          A cidade em mim significa a construção dia a dia da minha história, onde cada espaço em que trabalho, passeio em cada trajeto percorrido é uma linha a mais em que é escrito o que sou, como sou e quem sou, o que faço como faço e para quem eu faço.
         A cidade está em mim e eu estou nela numa relação dialética de construção da identidade social e cultural.

Vilma Aparecida da Silva